terça-feira, 22 de janeiro de 2013

´Startups´ cearenses obtêm bons resultados


Diário do Nordeste - 21/01/2013


Universitários estão ligados no sucesso do novo modelo de empreendedorismo

Um grupo cada vez maior de cearenses se mostra interessado em empreendedorismo. O momento é favorável e a internet abre novas portas para o surgimento das chamadas "startups", baseadas em ideias e criatividade.

Eles geralmente são jovens. Muitas vezes nem saíram da faculdade. Não andam de terno e gravata, mas têm ideias para negócios que podem valer milhões. Dominam várias áreas, como marketing, comunicação, tecnologia e empreendedorismo. Diariamente, trabalham como empreendedores, investidores, desenvolvedores e prestadores de serviço.

Startups são moldes de empresas jovens, geralmente embrionárias ou em fase de constituição, implementação e organização de suas operações e, em geral, são de base tecnológica. O termo carrega, no atual contexto, uma ideia de inovação e empreendedorismo.

Sendo iniciativas jovens e com alto valor de pesquisa, investigação e desenvolvimento de novos produtos e ideias, as empresas iniciantes têm em sua estrutura um negócio de alto risco, mas isso não quer dizer que não consigam tornar-se grandes empresas. São exemplos de grandes companhias que iniciaram como start-up a Microsoft, a Hewlett-Packard (HP), o Google, o Yahoo e a Apple.

O início
Marcado por um período de incerteza, algumas ideias aparentemente muito rentáveis podem tornar-se inviáveis para virar um bom modelo de negócio. Porém, grandes startups têm em sua gênese o modelo escalável, visando um crescimento em receita, mas com custos crescendo em uma escala menor.

O universitário cearense se interessa cada vez mais pelo empreendedorismo. O momento é favorável e a internet abre novas portas. O estudante de Engenharia de Produção Mecânica, João Paulo Benevides, de 22 anos, comentou a dificuldade em abrir uma empresa. Ele iniciou, com dois sócios, a MasterAPP, uma empresa que desenvolve sistemas, portais, websites e aplicativos para dispositivos móveis. "Iniciamos há alguns meses e está sendo bastante difícil até agora. O nosso objetivo é conseguir parceria com outras empresas no ramo", comentou.

Para tornar-se uma empresa lucrativa e sustentável, é preciso muito mais do que apenas a paixão pelo empreendedorismo. Para João Paulo, o que o motivou a montar a empresa foi entrar no mercado por contra própria. "Encontrar um emprego bom, com chances boas de crescimento é muito difícil. Eu quis ser meu próprio chefe", diz o estudante.

Crescimento do interesse
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, havia 33.320 empresas de alto crescimento. Elas aumentam o quadro de funcionários em torno de 20% ao ano, por três anos consecutivos. Essas empresas empregaram 5 milhões de pessoas e movimentaram R$ 88 milhões só em salários. De acordo com esse mesmo levantamento, o Ceará estava na nona posição nacional.

Exemplo cearense
Entre as ideias que brotaram nesse campo está a Alvanista, uma rede social criada por Kim Lima e Bruno Cavalcante, sócios na Astux, empresa de consultoria de software. Participou do projeto também Rodolfo Sikora, um dos desenvolvedores da rede social Gengibre e criador da extinta iJigg, rede social que foi apelidada de "YouTube da música".

A Alvanista é voltada para o público de jogos digitais. Ao criar uma conta na rede social, o usuário registra sua coleção de jogos e pode dar sua opinião sobre qualquer título, realizar check-in dos games que está jogando no momento, além de várias outras aplicações.

Para Kim, a dificuldade em desenvolver a rede social foi conseguir encontrar tempo na Astux para arquitetar a Alvanista sem atrapalhar os outros trabalhos em sua empresa. "Não tivemos investimento de fora. A maior investidora do projeto foi a própria Astus. Atualmente, a Alvanista está muito bem integrada no fluxo de trabalho da empresa e já dedicamos tempo e esforço considerável para evolui-la", diz Kim Lima.

Com um cenário ainda se estruturando, o Ceará reúne várias iniciativas e eventos para fomentar o crescimento. Recentemente, houve o "Startup Meetup Fortaleza", evento que tem programações de aceleração para iniciantes e que serve para estabelecer laços entre os desenvolvedores. Kim Lima afirma que é importante manter esse contato. "A troca de experiências é um bem comum. Para a Alvanista, a Fan Studios, empresa de desenvolvimento de jogos, foi uma grande apoiadora do projeto e isso rendeu excelentes resultados. Essa troca de ideia é importante para o ecossistema de startups", exaltou.

Mais informações
Conheça a rede social Alvanista, startup criada por equipe cearense, e inteiramente voltada para o público gamer: www.alvanista.com.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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