Uma análise da recente evolução das cidades, enquanto forma de organização social, permite observar uma pluralidade de diferentes tipos de redes cuja função é a otimização do transporte de fluxos materiais e imateriais. Trata-se das redes de transporte de pessoas, de comunicação, redes de fluxos financeiros e informacionais que apontam o desenvolvimento da cidade contemporânea como uma tentativa constante de se alcançar a mobilidade.
Desta maneira, a cidade deixa de ser caracterizada como um lugar demarcado e de fixação e abre margem para processos que visam o deslocamento, a desterritorialização, a mobilidade e o fluxo. A cidade passa a consolidar-se como um espaço de trocas em que são protagonizados intercâmbios de natureza diversa.
Da mesma forma, podem ser observadas as alterações nas relações tempo-espaço e na estrutura das cidades que respondem à incorporação intensa das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) nas mais diversas atividades urbanas. Isso implica uma reconfiguração nas dinâmicas cotidianas e de convívio social que passam a ser impactadas pelo processo de virtualização ou de(para usar um termo mais contemporâneo) ‘googlerização’ que vem caracterizando a chamada sociedade da informação.
As cidades, assim como toda a sociedade, atualmente são influenciadas por um novo paradigma técnico-econômico que difere bastante daquele erigido da era industrial. O novo paradigma traz como ideia central o conceito de flexibilidade e, portanto, rompe de vez com o modelo de contrato social entre capital e trabalho característico do capitalismo industrial. Identifica-se, assim, o surgimento de um novo capitalismo e de um novo Estado em que a informação é tomada como insumo estratégico para a criação de riquezas e do bem-estar social, as estruturas sociais são maleáveis e mutáveis e há a proliferação das tecnologias da informação que, por sua vez, são assinaladas como causa principal de tal revolução. Ler artigo completo AQUI
Fonte: http://www.midiassociais.net/