quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O que é livro raro?

Por Márcia Carvalho Rodrigues


Quando se fala sobre livros raros, algumas questões relacionadas costumam vir à tona, como o conceito de raridade bibliográfica e a prática do colecionismo.
Sobre o colecionismo, sabe-se que é inerente ao ser humano a vontade de possuir objetos, de guardar coisas. Partindo desta premissa, é possível deduzir que um objeto cuja existência venha a se tornar conhecida, em algum momento será o “objeto de desejo” de alguém. Dessa necessidade humana de possuir, surgem as coleções.
Mas o que move esse desejo, esse impulso de guardar coisas, acumular objetos? Uma possível explicação seria o fato de que os seres humanos são dotados de um instinto de propriedade. Além do mais, possuir determinadas peças confere prestígio a quem as possui. É como se houvesse a possibilidade da transferência do significado e da importância do objeto para o seu detentor, uma apropriação do poder inerente à obra. Somando-se a isso, há ainda um desejo de conservação do patrimônio às gerações futuras, numa tentativa de preservar uma amostra das tradições, costumes, crenças etc., de uma época, representadas por artefatos intencionalmente selecionados.
Assim como qualquer outro objeto colecionável, o livro também carrega sua carga simbólica, e representa a materialização da cultura e do conhecimento. Consequentemente, assume características que vão além de sua finalidade inicial – a de servir de suporte à s ideias, passando a simbolizar o conhecimento em si, sendo objeto de status e poder, agregando características que o tornam também objeto de apreciação.
Colecionadores de livros raros escolhem suas obras em função, principalmente, da caracterização do livro enquanto objeto: belas encadernações, livros nos quais se encontram preciosas gravuras, exemplares que possuem anotações manuscritas de pessoas de destaque na vida pública ou em determinada área do conhecimento, tiragens especiais etc. Ler artigo completo

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