Impressora tecelã
O protótipo da impressora híbrida mostra bem que ela é junção de
técnicas diferentes, mas seus produtos já foram implantados com sucesso
em animais. [Imagem: Xu et al./Biofabrication]
Impressoras 3D são boas para imprimir qualquer coisa, embora só agora estejam começando a imprimir aparelhos eletrônicos funcionais.
Mas
imprimir tecidos vivos, que possam ser implantados diretamente em um
paciente, era algo que se julgava ainda distante no futuro.
Tao Xu e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, transformaram essa possibilidade em realidade.
Para isso, Xu inventou um novo tipo de impressora híbrida.
O aparelho é um misto de impressora jato de tinta e de uma técnica de fabricação conhecida como tecelagem eletrostática (electrospinning).
Natural e sintético juntos
A
combinação das duas técnicas permitiu que os pesquisadores fabricassem
estruturas compostas de materiais naturais e materiais sintéticos.
Os
materiais sintéticos dão resistência mecânica ao objeto fabricado,
enquanto os materiais naturais criam o ambiente que permite o
crescimento de células vivas.
O
sistema híbrido produziu peças de cartilagem com estabilidade mecânica
muito superior àquelas criadas usando apenas as técnicas de bioimpressão
tradicionais, baseadas na técnica jato de tinta. [Imagem: Xu et
al./Biofabrication]
A tecelagem eletrostática usa uma corrente elétrica para gerar fibras muito finas a partir de polímeros em solução.
O
equipamento permite o controle preciso da composição dos polímeros,
além de permitir a fabricação de estruturas porosas, que encorajam o
crescimento celular, para que as células implantadas se integrem ao
tecido circundante.
O
primeiro resultado é uma cartilagem que poderá no futuro ser implantada
em pacientes com lesões ou ajudar a crescer novamente a cartilagem em
áreas específicas, como nas juntas.
Impressão robotizada
O sistema híbrido produziu peças de cartilagem com estabilidade mecânica
muito superior àquelas criadas usando apenas as técnicas de bioimpressão tradicionais, baseadas na técnica jato de tinta.
A cartilagem artificial manteve suas características funcionais no laboratório e em implantes em animais.
"Esta
prova de conceito ilustra como uma combinação de materiais e técnicas
de fabricação gera materiais implantáveis duráveis," disse James Yoo,
coordenador da pesquisa.
"Outras
técnicas de fabricação, tais como sistemas robóticos, estão atualmente
sendo desenvolvidos para melhorar ainda mais a produção de tecidos
implantáveis," concluiu ele.
Fonte: Inovação Tecnológica.
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