terça-feira, 4 de junho de 2013

Tecnologia de impressão 3D: em exposição na XIII Conferência Anpei


Engenheiros e designers estão fazendo demonstrações da tecnologia de impressão 3D durante a XIII Conferência ANPEI, que começou nesta segunda-feira (3/6) em Vitória, no Espírito Santo. A impressão 3D, ou tecnologia de manufatura aditiva, é uma das técnicas da chamada fabricação digital, na qual a produção de peças, protótipos e produtos é integralmente gerada por máquinas comandadas por computadores.
A impressão 3D está em exposição no estande da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP). Seus visitantes podem ver a máquina em operação, manusear peças produzidas por meio da impressão 3D, e ter o próprio corpo escaneado e visualizado em três dimensões na tela de um computador.
Esta tecnologia é a base do projeto “Fortalecimento da Cadeia de Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás através do Desenvolvimento de Produtos e Protótipos”, tocado em parceria por essas três instituições com o financiamento da Petrobras. “A exploração do pré-sal trouxe uma enorme demanda por equipamentos e embarcações. Para que as empresas fornecedoras da Petrobras possam desenvolver tecnologia nacional, será necessária a produção de muitos protótipos. Esse projeto vai apoiar essas iniciativas, oferecendo um serviço avançado, em linha com o que há de melhor em todo o mundo”, explica Francisco Martins, um dos gestores do projeto.
No estande, haverá exemplares de peças fabricadas em diversas tecnologias de manufatura aditiva, com diversos materiais. Manufatura aditiva é uma técnica na qual se faz a construção de um sólido a partir do fatiamento de um modelo virtual tridimensional. Após scanear o objeto, a máquina constrói o sólido camada por camada, por meio da aglomeração do material. O produto final é obtido pelo acúmulo das camadas, que possibilita a inclusão de geometrias complexas, antes impossíveis na produção mecânica convencional e manual.
Enquanto na XIII Conferência Anpei os plásticos ABS e PLA são usados como matérias-primas, até o final do ano o projeto utilizará serviços de impressão 3D em cinco metais diferentes, entre eles alumínio, aço inox e titânio. Também estão sendo adquiridos equipamentos para a manufatura digital de circuitos impressos para microeletrônica. “Desta forma, poderemos oferecer soluções integradas para o desenvolvimento de produtos, protótipos, placas de circuito impresso e software embarcado, para as empresas brasileiras que apostam em inovação”, aponta Martins.
A tecnologia, antes restrita a grandes empresas e instituições, começa a ser ‘democratizada’ e disponibilizada para uso pessoal. Nos Estados Unidos, por exemplo, já são vendidos modelos, com um sistema mais simplificado, que possibilita uma criança, por exemplo, construir um brinquedo.
Esta tendência foi explorada pelo keynote speaker da XIII Conferência ANPEI, o físico Chris Anderson, autor do livro A Cauda Longa, em que discute os mercados de nicho. Em seu livro último livro, Makers, Anderson fala sobre a próxima etapa do desenvolvimento da economia, em que os consumidores poderão usar tecnologias como a impressão 3D para projetar e produzir seus próprios produtos.
Anderson vai apresentar sua palestra na XIII Conferência Anpei no dia 4 de junho, das 14h45 às 16h.
Confira a programação e as notícias sobre a XIII Conferência Anpei no sitehttp://www.anpei.org.br/xiiiconferencia/ ou no hotsitehttp://www.anpei.org.br/xiiiconferencia/hotsite/, voltado para dispositivos móveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário