Laboratório de Estudos da Oralidade e a Editora Expressão Gráfica - lançamento da Coleção Ceará Cadinho
Coleção Ceará Cadinho
Prêmio Literário Manoel Coelho Raposo para Autor Cearense
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará
Editora Expressão Gráfica
A Coleção Ceará Cadinho reúne trabalhos acadêmicos (dissertações
de mestrado e teses de doutorado) de sociólogos e antropólogos locais
que tomaram as manifestações culturais cearenses como temática comum e
objeto de investigação científica. A cantoria, o artesanato em barro,
as representações do sertão nordestino no cinema brasileiro, o futebol e
suas torcidas de mesas de bares locais e os bailes fortalezenses de
dança de salão compõem, assim, um mosaico nesse panorama de experiências
e práticas culturais, indicando um Ceará diverso, cadinho de
inventividades. Um cadinho, vale lembrar, é um recipiente utilizado em
laboratórios para misturar substâncias químicas. Nos anos 30, época em
que as teorias eugênicas predominavam no Brasil, falava-se de um “Brasil
Cadinho” para fazer referência à mistura de raças que caracterizava o
país. A referência, contudo, não era de todo positiva, pois a
miscigenação era considerada um embuste para o desenvolvimento local.
Aqui, tomamos de empréstimo a imagem do cadinho, destacando agora a sua
positividade, localizando-a e expandindo-a. Daí nossa coleção chamar-se Ceará Cadinho,
sinalizando não para a negatividade da mistura, mas para a celebração
da pluralidade de cores, ritmos, artesanias, cantorias e imagens:
tradições que compõem um Ceará diverso e em movimento. Ao todo são sete
trabalhos, todos defendidos no Programa de Pós-Graduação em Sociologia
da Universidade Federal do Ceará e selecionados pela equipe do
Laboratório de Estudos da Oralidade. A possibilidade de reunião desse
material só foi possível graças à Secretaria da Cultura do Estado do
Ceará que, no início de 2010, tornou público o Edital do I Prêmio
Literário para Autor(a) Cearense, destinado à publicação de obras
inéditas em romances, poesia, contos, quadrinhos, temas culturais e
científicos. O edital enfatizava tratar-se de uma das maiores premiações
para a literatura na história do Ceará e suas 14 categorias levavam,
cada uma, o nome de um escritor ou personalidade cearense. Dentre elas, a
categoria “Selo Editorial” fora batizada com o nome do legendário
socialista Manoel Coelho Raposo, o “artesão da palavra” e “poeta da
liberdade” que via nos livros sua “janela para o mundo”.
DESTAQUE PARA O AUTOR Diego Frank Marques Cavalcante
Diego
Marques é comunicólogo, mestre em sociologia (UFC) e atualmente é
vinculado ao programa de doutorado em ciências da comunicação pela
Universidade de São Paulo (USP).Vem se dedicando a pesquisa da
experiência futebolística no Brasil a partir de prismas sociológicos,
antropológicos, filosofia da diferença, comunicação e semiótica. Sua
investigação se volta para a análise das diferentes dimensões da
experiência futebolística (campo de futebol, arquibancada, transmissões
televisivas e bares). Nestas procura compreender a lógica imanente e ao
mesmo tempo as contaminações entre estas dadas dimensões em uma
sociedade caracterizada pelas comunicações generalizadas.
Texto de orelha:
Quais as condições sociológicas em que se forma um dado estilo de
pensamento?Como se pode descrever seu funcionamento? O que está
envolvido nas metamorfoses do pensar? Estas problemáticas condensam o
eixo principal deste livro que enfrenta tais questões tomando a expressão
artística dos movimentos dos jogadores de futebol como material de
investigação. Trata-se de compreender as transformações das lógicas do
pensar futebolístico brasileiro tomando o drible como fio condutor.
Acredita-se que tal experiência (o drible) revela, em sua
expressividade, disposições corporais e mentais incorporadas
socialmente, os saberes que atualizam relações de poder, os modos de
subjetivação bem como possibilita a interpretação da caotização desta
tessitura na experiência estética. Elegendo Garrincha, Pelé e Kaká como
personagens conceituais e examinando seus movimentos a partir de uma
semiótica do drible, o autor analisa e descreve lógicas criativas
específicas de cada contexto a partir dos deslocamentos dos jogadores.
Trata-se de compreender, como diz Deleuze, como se faz a linguagem
gaguejar ou como se tornar estrangeiro em sua própria terra.O que está
em jogo neste trabalho é, sobretudo, a potência do pensamento que
subverte os códigos culturais, problematizando seus esquemas de
previsibilidade.
Faces do Futebol-Arte no Brasil: da sedução malandra à imaginação
tática, Diego Frank Cavalcante, Coleção Ceará Cadinho, Expressão
Gráfica, 2011.
Coleção Ceará Cadinho
Prêmio Literário Manoel Coelho Raposo para Autor CearenseSecretaria da Cultura do Estado do Ceará
Editora Expressão Gráfica
A Coleção Ceará Cadinho reúne trabalhos acadêmicos (dissertações
de mestrado e teses de doutorado) de sociólogos e antropólogos locais
que tomaram as manifestações culturais cearenses como temática comum e
objeto de investigação científica. A cantoria, o artesanato em barro,
as representações do sertão nordestino no cinema brasileiro, o futebol e
suas torcidas de mesas de bares locais e os bailes fortalezenses de
dança de salão compõem, assim, um mosaico nesse panorama de experiências
e práticas culturais, indicando um Ceará diverso, cadinho de
inventividades. Um cadinho, vale lembrar, é um recipiente utilizado em
laboratórios para misturar substâncias químicas. Nos anos 30, época em
que as teorias eugênicas predominavam no Brasil, falava-se de um “Brasil
Cadinho” para fazer referência à mistura de raças que caracterizava o
país. A referência, contudo, não era de todo positiva, pois a
miscigenação era considerada um embuste para o desenvolvimento local.
Aqui, tomamos de empréstimo a imagem do cadinho, destacando agora a sua
positividade, localizando-a e expandindo-a. Daí nossa coleção chamar-se Ceará Cadinho,
sinalizando não para a negatividade da mistura, mas para a celebração
da pluralidade de cores, ritmos, artesanias, cantorias e imagens:
tradições que compõem um Ceará diverso e em movimento. Ao todo são sete
trabalhos, todos defendidos no Programa de Pós-Graduação em Sociologia
da Universidade Federal do Ceará e selecionados pela equipe do
Laboratório de Estudos da Oralidade. A possibilidade de reunião desse
material só foi possível graças à Secretaria da Cultura do Estado do
Ceará que, no início de 2010, tornou público o Edital do I Prêmio
Literário para Autor(a) Cearense, destinado à publicação de obras
inéditas em romances, poesia, contos, quadrinhos, temas culturais e
científicos. O edital enfatizava tratar-se de uma das maiores premiações
para a literatura na história do Ceará e suas 14 categorias levavam,
cada uma, o nome de um escritor ou personalidade cearense. Dentre elas, a
categoria “Selo Editorial” fora batizada com o nome do legendário
socialista Manoel Coelho Raposo, o “artesão da palavra” e “poeta da
liberdade” que via nos livros sua “janela para o mundo”.
DESTAQUE PARA O AUTOR Diego Frank Marques Cavalcante
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