terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pesquisa do Ibope Media apontou que Fortaleza é a cidade com menos leitores entre nove capitais brasileiras. Mas por que os fortalezenses "não leem"?

Gostei tanto, mas tanto do comentário de Ana Valeska M. Magalhães (no facebook), que além da admiração que tenho por ela como pessoa adoro seus comentários, então resolvi compartilhar ele aqui no blog.


Estava folheando um livro de crônicas de Moacyr Scliar e encontrei o seguinte: "As pessoas que amam o livro, amam-no não só por seu conteúdo, pelas histórias que conta ou pelas ideias que expõe; as pessoas que amam o livro, amam-no também como objeto". (Moacyr Scliar)

Lembrei de um texto que escrevi sobre o amor pelos livros, que fala sobre o paraíso de Borges - uma imensa biblioteca. 

(...) O frescor alvissareiro do livro novo, o cheiro amarelado e sábio do livro antigo. Ficção entrelaçando realidade, fazendo jorrar ficção. Geralmente começa com um outro. Alguém lê para você. Mãe, pai, algum familiar. O livro aberto, a voz melíflua e o fluir das palavras instigando o desejo de saber, o olhar vivo da criança a perguntar "como termina a história"? Depois, quando se tem algum domínio das palavras é o aprendizado cúmplice do prazer de uma solidão acompanhada. Com o livro nunca estamos sós. É a felicidade clandestina de Clarice. É o paraíso no sonho de Borges: a eternidade desfrutada em uma biblioteca. (Ana Valeska)

Lendo o jornal de hoje senti forte esse amor. Lametei a ausência, a triste estatística. Desejei mais leitores em minha cidade, pessoas que acreditem nos sonhos impossíveis. Um bom livro sempre fala de mundos novos. Bom dia.

Ler matéria: 

Por que os fortalezenses não leem?

Pesquisa do Ibope Media apontou que Fortaleza é a cidade com menos leitores entre nove capitais brasileiras. O POVO ouviu poder público, pesquisadores e leitores para apontar as razões desse quadro

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