quarta-feira, 25 de julho de 2012

'Os dois lados de uma moeda': 'A importância do “equilíbrio emocional' e 'Perfeito para quê?'

O Dualismo da coisa.
Os dois lados da moeda.
In-yang.

 A importância do “equilíbrio emocional”

“A percepção que temos do outro está diretamente ligada à que temos a respeito de nós mesmos.”
Manter o equilíbrio emocional, seja no segmento pessoal ou profissional, é fundamental para que se estabeleça um nível de troca saudável nas relações interpessoais. Nossas próprias experiências nos mostram que, a despeito da consciência quanto à importância desse aspecto no sucesso das nossas empreitadas, encontrar o caminho do meio nem sempre é tarefa fácil. É crescente o movimento das empresas e dos próprios profissionais no que tange ao desenvolvimento de posturas internas que contribuam para a criação de alianças com o propósito de promover um melhor clima no ambiente de trabalho. Nos dias de hoje, pessoas com habilidades que favoreçam a convivência em grupo e a integração em equipe certamente são muito bem-vistas no mercado de trabalho.
“Estudos desenvolvidos pelas universidades de Harvard, de Stanford e da Fundação Carnegie no desenvolvimento da ferramenta sixseconds revelam que 15% das razões pelas quais você conquista um emprego, mantêm-se nele ou consegue uma promoção é determinado pela sua qualificação técnica. Nos demais 85% você depende diretamente do seu nível de inteligência emocional – sua habilidade para comunicar-se e relacionar-se com os outros.”
Cada vez mais as organizações recorrem a recursos, a exemplo dos processos de coaching executivo, que ajudem na percepção e formação de determinadas habilidades de seus colaboradores, as quais contribuam para a organização de equipes coesas e com objetivos em comum. É certo que o investimento na capacitação e bem-estar dos recursos humanos contribui, diretamente, para a efetivação dos resultados, pois pessoas felizes e em equilíbrio respondem pelo aumento da produtividade e qualidade das relações de trabalho nas empresas.
Por outro lado, também é fundamental que o profissional tenha consciência da importância de conhecer a si mesmo para que possa equilibrar seus pontos fortes e fracos, estabilizar sua autoestima, portar-se com maturidade e, sobretudo, respeitar diferenças para minimizar conflitos e estabelecer, através de um comportamento adequado, relações saudáveis no ambiente de trabalho.
O sucesso das relações interpessoais, nas organizações, consiste no desenvolvimento de habilidades sociais através dos conceitos de construção de alianças, objetivos colaborativos e soluções integradoras, no sentido de realizar as mudanças necessárias à adequação dos processos de integração e adaptação dos grupos em garantia do desenvolvimento conjunto
Em contraponto a matéria acima, resolvi também disseminar a matéria abaixo. Achei muito interessante ver 'os dois lados da moeda'. Fonte: Waleska e Charles/via LinkedIn

Perfeito para quê?

Procura-se: profissional dinâmico, empreendedor, bom relacionamento interpessoal, capacidade em trabalhar em equipe, boa apresentação. Esse parece ser o início de todo anúncio de emprego. Todo mundo procura pessoas perfeitas, sem vícios, equilibradas, felizes. Todo mundo procura gente que não existe.
A maioria dos grandes empreendedores e homens de negócio não se encaixariam no perfil traçado pelas empresas hoje em dia. As pessoas que traçam esse perfil são tecnicistas extremistas que deveriam estudar mais a história da sociedade e das grandes realizações humanas.
Quem contrataria, em sã consciência, um homem que visivelmente tinha problemas com bebida, sofria de depressão e era muito rude com seus subordinados? Esse homem era Winstom Churchill, considerado o líder do século. E Hiltler, no entanto, era amável com serviçais e até hoje uma de suas governantas, ainda viva, diz que ele foi o melhor patrão que ela teve.
Ninguém também colocaria Henri Ford para chefiar uma equipe, pois ele era autoritário, rude, gostava de jogar as pessoas umas contra as outras. Não aceitava que o corrigissem.
E quem também contrataria um homem que se dizia um verdadeiro “safado”? Pois era assim que se considerava Charles Revson, fundador da multinacional de cosméticos Revlon. Ele era antiético e inescrupuloso.
George Eastman, fundador da Kodak, e Will Keith Kellog, dos cereais Kellog´s, eram certamente homens tristes, muitas vezes incapazes de esborçar um sorriso verdadeiro. George se matou aos 77 anos sem nunca ter casado ou ter uma relacionamento conhecido com uma mulher.
Poderia aqui citar uma lista enorme de grandes realizadores, na área de negócios e em outras atividades, que não conseguiriam emprego na maioria das empresas no mercado.
É preciso entender que a criatividade, o impulso realizador, muitas vezes emerge de personalidades confusas, antagônicas, neuróticas, obsessivas. Muitas vezes são grandes tragédias pessoais que geram a força interior para a realização, para a criação. Outras vezes, uma grande habilidade, uma grande competência em determinada área convive lado a lado com defeitos dos mais desprezíveis. Gente comum não faz coisas incomuns. Ninguém que é lembrado na história era completamente normal.
As empresas, para conseguir tirar o máximo de grandes capacidades pessoais de seus subordinados, têm que compreender esse dilema e aprender a lidar com pessoas diferentes. Isso gera conflito? Claro que sim. Mas conflitos são necessários para excluir a mentalidade retilínea e a idéia única.
São capacidades diferentes, pessoas diferentes, com seus defeitos e virtudes que geram a riqueza de uma organização. Que geram a inovação e o não conformismo.
Publicado no Diário do Pará de 30/04/2005
P.S (via/LinkedIn) Charles complementou: " faltou falar do mais recente: Steven Jobs. Êta cara difícil, mau chefe, grosseiro, dificuldade para trabalhar em equipe, intratável, franco ao extremo e... genial. "

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