Por Projeto Historiando
Alexandre Gomes e João Paulo Vieira
Há alguns anos, diversas iniciativas de criação de museus e outros espaços de memória e preservação do patrimônio cultural vêm sendo realizadas de forma autônoma em várias comunidades cearenses, no litoral, na serra e no sertão. Embora originadas em diferentes contextos e entre diversos grupos sociais e étnicos (indígenas, assentados, comunidades tradicionais etc.), estas experiências trazem semelhanças quanto à participação e apropriação comunitária do patrimônio e da memória local, como ferramentas de afirmação, preservação e defesa de territórios, ecossistemas e referências culturais.
São os chamados museus comunitários, eco-museus, museus indígenas, museus de territórios e-ou iniciativas similares. São espaços que interpretam a natureza como parte da cultura e o homem como parte da natureza, onde a comunidade é vista como patrimônio a ser preservado, assim como seus saberes e modos de fazer. Onde a preservação do patrimônio cultural ocorre de maneira integrada e a comunidade vive num território musealizado.
Resistem, por meio de seus museus, à destruição de seus patrimônios, seja este a terra, o mangue, os mares, os rios, os saberes e fazeres, os modos de vida etc. Patrimônios e memórias que foram musealizadas, ou seja, reconstruídas em processos preservacionistas, de pesquisa e divulgação, através da formação de acervos. São memórias de muitas lutas a historiar. Muitas destas comunidades já possuem espaços físicos estruturados e acervos constituídos. Outras, iniciaram processos de sensibilização e mobilização para a constituição destes espaços. Algumas já possuem acervos materiais, outras, já fizeram inventários de referências culturais ou exposições museológicas, mesmo não possuindo ainda um espaço adequado e destinado para tais finalidades.
Nesta caminhada ainda temos muito a aprender e vários são os desafios para o fortalecimento destas experiências de museologia social no Ceará. Por um lado, não possuímos nenhum apoio estatal, por outro, setores conservadores, inclusive da academia, contestam a legitimidade das iniciativas de musealização comunitária. Muitos dos problemas são comuns, outros não. Alguns podem ter soluções coletivas, outros não. É justamente para possibilitar o diálogo sobre estas ricas experiências, articulando sonhos e possibilidades, que estamos convidando vocês para participarem de um primeiro encontro visando organizar a
Reunião para organização da Rede Cearense de Museus Comunitários
Local: Museu do Ceará – Rua São Paulo, 51, Centro – Fortaleza, CE
Dia 21 de outubro de 2011 (sexta-feira), às 14 horas.
Relação de museus comunitários, eco-museus, museus indígenas e iniciativas de processos de musealização convidadas para a reunião de articulação da Rede Cearense de Museus
Comunitários:
1. Museu Natural do Mangue (Sabiaguaba) 2. Museu Indígena Jenipapo Kanindé (Aquiraz) 3. Memorial Tapeba Cacique Perna de Pau (Caucaia) 4. Ecomuseu de Maranguape (Maranguape) 5. Museu dos Kanindé (Aratuba) 6. Instituto Casa da Memória de Jaguaribara (Jaguaribara) 7. Casa da Memória de Jaguaretama ( Jaguaretama) 8. Oca da Memória (Poranga) 9. Casa da Memória de Porteiras (Porteiras) 10. Memorial Homem Kariri / Fundação Casa Grande (Nova Olinda) 11. Museu Potygatapuia (Monsenhor Tabosa) 12. Associação dos Moradores Comunidade do Titanzinho (Fortaleza) 13. Ponto de Cultura Artesanato e Tradição de Iparana (Iparana) 14. Ponto de Cultura Maria Vem com as Outras (Iparana) 15. Comunidade Indígena Tremembé (Almofala / Itarema) 16. Comunidade Indígena Pitaguari (Maracanaú) 17. Comunidade do Poço da Draga (Fortaleza) 18. Comunidade do Morro Santa Terezinha / Projeto Enxame (Fortaleza) 19. Ponto de Memória do Grande Bom Jardim (Fortaleza) 20. Ponto de Memória do Icapuí (Icapuí) 21. Comunidade Moura Brasil (Fortaleza) 22. Comunidade de Caetanos de Cima (Amontada) 23. Comunidade Prainha do Canto Verde (Beberibe) 24. Comunidade Curral Velho (Acaraú)
Local: Museu do Ceará – Rua São Paulo, 51, Centro – Fortaleza, CE
Dia 21 de outubro de 2011 (sexta-feira), às 14 horas.
Relação de museus comunitários, eco-museus, museus indígenas e iniciativas de processos de musealização convidadas para a reunião de articulação da Rede Cearense de Museus
Comunitários:
1. Museu Natural do Mangue (Sabiaguaba) 2. Museu Indígena Jenipapo Kanindé (Aquiraz) 3. Memorial Tapeba Cacique Perna de Pau (Caucaia) 4. Ecomuseu de Maranguape (Maranguape) 5. Museu dos Kanindé (Aratuba) 6. Instituto Casa da Memória de Jaguaribara (Jaguaribara) 7. Casa da Memória de Jaguaretama ( Jaguaretama) 8. Oca da Memória (Poranga) 9. Casa da Memória de Porteiras (Porteiras) 10. Memorial Homem Kariri / Fundação Casa Grande (Nova Olinda) 11. Museu Potygatapuia (Monsenhor Tabosa) 12. Associação dos Moradores Comunidade do Titanzinho (Fortaleza) 13. Ponto de Cultura Artesanato e Tradição de Iparana (Iparana) 14. Ponto de Cultura Maria Vem com as Outras (Iparana) 15. Comunidade Indígena Tremembé (Almofala / Itarema) 16. Comunidade Indígena Pitaguari (Maracanaú) 17. Comunidade do Poço da Draga (Fortaleza) 18. Comunidade do Morro Santa Terezinha / Projeto Enxame (Fortaleza) 19. Ponto de Memória do Grande Bom Jardim (Fortaleza) 20. Ponto de Memória do Icapuí (Icapuí) 21. Comunidade Moura Brasil (Fortaleza) 22. Comunidade de Caetanos de Cima (Amontada) 23. Comunidade Prainha do Canto Verde (Beberibe) 24. Comunidade Curral Velho (Acaraú)
O objetivo desta Rede será o de compartilhar experiências, fomentar a cooperação, divulgação e o fortalecimento conjunto de seus integrantes, atuando de forma descentralizada e garantindo a autonomia de seus participantes, a partir da articulação de ações, projetos e programas interinstitucionais. Essa organização possibilitará uma maior visibilidade para nossas demandas, potencializando nosso poder de pressão, proposição e reivindicação, junto aos poderes públicos, para a formulação de políticas públicas que reconheçam e assegurem a função social dos museus comunitários.
Diante do exposto, contamos com a vossa participação.
Rede Cearense de Museus Comunitários, agregando processos de musealização em curso, museus indígenas, eco-museus e museus comunitários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário