sexta-feira, 31 de julho de 2009

Livros passam de mão em mão entre leitores no município

Com ideia de uma bibliotecária, município participa do concurso Viva Leitura.

Nova Petrópolis - Levar o livro onde o leitor está ou por onde ele passa. Com esta proposta, o projeto Livro sem Dono está representando Nova Petrópolis na edição 2009 do concurso nacional Viva Leitura, criado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 2005. O projeto vencedor, que será conhecido em novembro, receberá R$ 30 mil e os 15 primeiros colocados ganharão troféus. A ideia da bibliotecária Susana Carrasco é inédita entre as bibliotecas públicas gaúchas. A proposta pretende estimular a leitura e a cooperação entre os leitores, distribuindo livros doados para a Biblioteca Pública Elsa Hofstätter da Silva na Praça das Flores, no Parque do Imigrante, nas duas galerias comerciais da cidade e na parada de ônibus que fica ao lado do Hospital Nova Petrópolis. "Deixo entre cinco e sete livros nos bancos destes locais. As pessoas passam, pegam e levam para ler. Depois devolvem em algum dos pontos", conta Susana. Ela lembra que no início do projeto, no ano passado, deixava os livros e ficava espiando para ver se alguém levava. A bibliotecária vibrava quando um exemplar era levado. Atualmente, Susana distribui os livros pela manhã e, à tarde, passa para recolher os exemplares que sobraram. "Estou satisfeita, pois muitos turistas levam o livro embora. Espero que tenham emprestado a alguém ou espalhando a ideia para outros Estados." Na quarta-feira, alguns dos livros colocados por Susana na Praça das Flores viajaram para Cascavel, no Paraná, nas mãos do advogado Jalcemir Bueno, 43 anos. "É uma iniciativa sensacional que deve ser copiada, pois estimula a leitura e, ao mesmo tempo, testa a solidariedade e a honestidade das pessoas", diz Bueno.Escritores gaúchos são os preferidosBibliotecária há dez anos e funcionária da prefeitura desde 2003, Susana Carrasco conta com o auxílio da estudante de Letras Fernanda Schumann para coordenar o projeto. "Descobri que cidades como Recife, São José do Rio Preto e Maceió desenvolvem projetos assim com o nome Livro Errante e Movimento Livro Errante", diz. Nos Estados Unidos, já existe um movimento chamado bookcrossin (giro dos livros) que conta até com o site www.bookcrossin. com. Susana lembra que o Livro sem Dono foi criado por causa da dificuldade que as pessoas têm para retirar obras na biblioteca, apesar de muitas gostarem de ler. "Então, pensei em colocar em prática essa ideia aqui na nossa cidade", conta ela, destacando que os livros que mais rodam são dos escritores gaúchos Mário Quintana e Luis Fernando Verissimo.Foto: Diego da Rosa/GES.
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